Fim de ano pode sobrecarregar saúde mental
- Editor Paranashop
- há 8 horas
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Especialista cooperado da Unimed Curitiba dá dicas de como lidar com os sentimentos nesta época

Apesar de ser um momento de festas e reencontros, o fim de ano pode ser emocionalmente desgastante para muitas pessoas. A pressão por atender às expectativas sociais e familiares, a autocobrança para cumprir metas antes do ano terminar e a frustração por não ter colocado em prática as promessas de Ano Novo, podem prejudicar a saúde mental.
Para Gustavo Sehnem, psiquiatra e médico cooperado da Unimed Curitiba, essa cobrança por sentir felicidade e gratidão tende a aumentar a autocrítica e a ansiedade. “Ao invés de focarmos no que deixamos de fazer, seria interessante olharmos para as muitas coisas positivas que aconteceram e que conseguimos executar. Também é importante não ignorar o estresse e a sensação de esgotamento e insuficiência, por exemplo”, afirma o médico.
Com relação às festas, a principal orientação é buscar um equilíbrio entre as obrigações sociais e o respeito às próprias vontades. “Alguns eventos são importantes, mas podemos torná-los mais leves. Evitar assuntos que gerem desconforto e conduzir a conversa para diálogos saudáveis e mais tranquilos ajuda a tornar o momento mais agradável. Participar dos encontros e depois dedicar-se a atividades que trazem satisfação também é uma boa estratégia”, orienta.
Emoções complexas
Entre os fatores que podem contribuir para o aumento do sofrimento emocional no fim do ano estão comparações e balanços pessoais, pressão por convivência, ritmo intenso de atividades, sobrecarga de tarefas, prazos no trabalho, gastos extras e dívidas, situações como perdas, luto ou separações e a exigência de estar sempre disponível.
“Oscilações de humor fazem parte da experiência humana. No entanto, quando a tristeza se prolonga por semanas, há perda de interesse pelas atividades cotidianas ou surgem pensamentos negativos persistentes, esses são sinais de preocupação”, alerta o médico.
Em situações assim, buscar apoio profissional é essencial. Psicólogos e psiquiatras podem auxiliar na identificação das causas do sofrimento e na adoção de estratégias adequadas de cuidado.
A sensação de transição de um ciclo que acaba e outro que começa pode intensificar as emoções, tornando o período mais suscetível para quem já lida com ansiedade ou depressão, mas algumas medidas preventivas podem ajudar nessa época:
Estabeleça limites: aprender a dizer não. Defina o que é viável para você sem comprometer seu bem-estar e evite sobrecargas sociais ou financeiras.
Pratique o autocuidado: reconheça suas conquistas e permita-se não atender a todas as expectativas.
Modere o uso das redes sociais: a vida idealizada online pode intensificar comparações e frustrações.
Busque apoio profissional: uma consulta médica pode ser decisiva para lidar com o estresse e a ansiedade.
Reavalie expectativas: defina metas realistas. Aceitar que o fim de ano não precisa ser perfeito pode contribuir para uma vivência mais leve.
Sobre a Unimed Curitiba
Maior operadora de planos de saúde do Paraná, com quase 45% do mercado, a Unimed Curitiba está entre as cinco maiores do Sistema Unimed. Com 53 anos de atuação, reúne quase cinco mil médicos cooperados ativos, dois mil colaboradores e 650 mil clientes em Curitiba e outros 24 municípios da região metropolitana. Sua rede credenciada é composta por 369 prestadores, entre clínicas, hospitais e unidades laboratoriais, das quais 22 são próprias (Unimed Laboratório). Além da sede administrativa, possui unidades assistenciais, o Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Fátima e o Espaço Saúde.
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