Adiar a cirurgia de catarata desequilibra o metabolismo
- Editor Paranashop

- 22 de ago.
- 2 min de leitura
Pesquisa mostra que o aumento da melatonina após a cirurgia pode prevenir complicações graves como infarto e AVC

A catarata e seus riscos além da visão
A catarata é a doença ocular que mais cresce no Brasil e no mundo, sendo causada principalmente pelo envelhecimento. A opacificação do cristalino afeta diretamente a visão, mas adiar a cirurgia pode ter impactos muito maiores: risco de desenvolver síndrome metabólica, condição que envolve hipertensão, diabetes, colesterol alterado e obesidade abdominal.
Pesquisa japonesa: cirurgia aumenta produção de melatonina
Um estudo realizado na Nara Medical School (Japão), publicado no JAMA Ophthalmology, acompanhou 169 pacientes com catarata. Os que foram submetidos à cirurgia apresentaram aumento significativo na produção de melatonina, hormônio que regula o sono e o metabolismo.
Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, a queda desse hormônio em idosos com catarata prejudica o ciclo circadiano, eleva cortisol e adrenalina, desregula insulina e aumenta os riscos de infarto, AVC e depressão.
Melatonina: o elo entre visão e metabolismo
Sono de qualidade: melhora imediata após a cirurgia.
Controle hormonal: regula cortisol, adrenalina e insulina.
Proteção cardiovascular: reduz risco de hipertensão, infarto e AVC.
Ação antioxidante: combate radicais livres e previne degeneração macular.
Efeito cascata da cirurgia
O aumento da entrada de luz após a remoção da catarata restabelece a produção natural de melatonina. Pacientes relatam melhora no estado emocional logo após a cirurgia do primeiro olho, com cores mais vibrantes e sono mais profundo.
O procedimento é indolor, realizado com anestesia local e recuperação rápida, geralmente primeiro em um olho e depois no outro, com intervalo de uma semana.
Prevenção e acompanhamento
Adiar a cirurgia pode endurecer o cristalino e aumentar os riscos cirúrgicos. Além disso:
Diabéticos devem realizar acompanhamento anual para prevenir retinopatia diabética.
Exames periódicos de fundo de olho podem detectar complicações de hipertensão e colesterol.
Prevenir é mais seguro do que tratar.



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