Veterinário alerta para o cuidado com a obesidade em pets; Brasil tem cerca de 90 milhões de cães e gatos, segundo Abinpet e o IPB
- Editor Paranashop
- 10 de set.
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De acordo com Dr. Flávio Barca, problema é multifatorial, influenciado por genética, baixa atividade física e manejo alimentar inadequado

De acordo com uma pesquisa feita neste ano de 2025 pela Censuswide, e que faz parte de um levantamento global da Royal Canin, 40% dos cães e gatos adultos estão acima do peso. A amostragem levou em consideração a participação de 14.016 tutores e 1.750 veterinários e especialistas em nutrição de oito países, inclusive o Brasil. (Brasil, China, Espanha, França, Índia, México, Portugal e Reino Unido).
Do total desses profissionais, 45% afirmam que os responsáveis pelos pets subestimam os riscos associados ao sobrepeso e à obesidade nos bichos de estimação. No Brasil foram ouvidos 2.000 tutores e 250 veterinários.
No recorte do Brasil, o estudo aponta que 48,60% dos tutores já ofereceram comida humana a seus bichos, além da ração. Entre os alimentos mais fornecidos estão os cozidos (50,62%) e vegetais (40,95%). Também entra nessa conta a carne crua (35,60% das respostas).
Com o aumento da incidência de animais de estimação com excesso de peso, é crucial entender os fatores, diagnósticos, riscos associados e opções de tratamento disponíveis para combater essa condição preocupante.
De acordo com Dr. Flávia Barca, coordenador do curso de Medicina Veterinária da Universidade Unopar Anhanguera de Arapongas - PR, a obesidade em pets é um problema multifatorial, influenciado por genética, baixa atividade física e manejo alimentar inadequado por parte dos tutores.
“A obesidade em animais de estimação geralmente é devido a uma dieta inadequada e desequilibrada, falta de uma rotina de exercícios, predisposição genética e até mesmo problemas comportamentais. Assim como em humanos, ela afeta a qualidade de vida dos pets, pode causar comorbidades e não deve ser menosprezada”, alerta Flávio.
O veterinário Flávio explica também, que oferecer calorias não provenientes da dieta cotidiana (na maioria das vezes, ração seca) – pode contribuir diretamente para o ganho de peso. Dr. Barca ainda reforça que os alimentos crus, como a carne, ainda representam riscos de transmissão de doenças infectocontagiosas e contaminação microbiológica, devido a origem, manipulação e conservação.
O diagnóstico, sempre realizado por um veterinário, pode ser realizado através do histórico médico detalhado do animal, seus hábitos alimentares e de exercício. Além disso, a avaliação da combinação de medidas corporais, como o índice de massa corporal (IMC) específico para animais, também pode ser utilizado, embora, o Escore de Condição Corporal (ECC) é a metodologia mais utilizada e recomendada para avaliar se o animal está acima do peso ou não.
PRINCIPAIS PROBLEMAS:
A obesidade pode levar a diabetes, doenças cardíacas, problemas articulares e dificuldades respiratórias, resultando a diminuição da expectativa de vida e até à morte precoce, sendo a prevenção o melhor caminho.
“É essencial conscientizar os tutores sobre os perigos da obesidade e reforçar a importância de uma alimentação adequada e exercício regular desde cedo a fim de condicionar a vida saudável dos pets, é importante buscar orientação médico veterinária profissional”, destaca Flávio.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) e o Instituto Pet Brasil (IPB), a população pet brasileira atingiu impressionantes (160,9 milhões) de animais. Os cães são a maioria dos pets no país: (62,2 milhões). Em segundo lugar aparecem as aves (42,8 milhões); em terceiro, os gatos (30,8 milhões); e, em quarto, os peixes ornamentais (22,3 milhões), seguido dos répteis e pequenos mamíferos (2,8 milhões).
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