Clima de deserto
- Da Redação com Assessoria
- 18 de ago. de 2021
- 3 min de leitura
Paiva Netto
O clima seco a cada ano preocupa mais a população de várias regiões do Brasil, agravado, principalmente, pelas secas e queimadas. A baixa umidade relativa do ar gera, além de problemas de saúde, transtornos na vida de milhões de brasileiros.
Por isso, torna-se imprescindível hidratar o organismo adequadamente com líquidos (água, água de coco e sucos), manter a residência ou local de trabalho livres da poeira, evitar a prática esportiva em horários em que o sol esteja mais forte e usar soro fisiológico em narinas e olhos. Ainda é aconselhável colocar nos ambientes vasilhas com água, toalhas molhadas ou umidificadores. Toda a atenção é pouca com crianças e idosos, grupos de maior risco.
Entre os principais prejuízos ao corpo, o clima seco provoca dor de cabeça, sangramento das vias respiratórias, maior incidência de asma e bronquite, além da síndrome do olho seco. Numa entrevista ao programa
, da Boa Vontade TV (Oi TV — Canal 212 — e Net Brasil/Claro TV — Canais 196 e 696), o dr. Alessander Tsuneto, oftalmologista, integrante da Associação dos Portadores de Olho Seco (Apos), esclareceu que essa síndrome atinge de 10% a 15% dos indivíduos acima dos 50 anos. É a segunda maior causa de atendimento nos consultórios, e muitos desconhecem essa enfermidade. Alguns fatores, como cirurgia prévia, uso de lentes de contato sem avaliação oftalmológica, diabetes, doenças reumáticas e queimaduras, podem causar a secura ocular. O médico também comentou que a baixa umidade relativa do ar pode desencadear precocemente a doença.
Brasília já conhece bem esses baixos índices. Para o dr. Alessander, o exame preventivo da síndrome do olho seco pode evitar graves doenças oculares, inclusive a cegueira.
Durante o bate-papo, o telespectador Lucas Fernando Gouveia, de Porto Alegre/RS, perguntou ao dr. Alessander se pessoas com deficiência visual padecem com o problema. De acordo com o oftalmologista,
.
Ao fim da entrevista, passou importantes dicas para que se saiba se os olhos estão ressecados.
Também alertou para o fato de que quem fica exposto ao ambiente com ar-condicionado e os que exercem atividades no computador têm maior probabilidade de adquirir a doença, já que o local fica mais seco por causa da falta de umidade, e a fixação por demasia na tela do computador desestimula a pessoa a piscar. Outra questão de relevância é o perigo da automedicação.
, evidenciou. Mais informações sobre o tema podem ser obtidas no
www.apos.org.br.
Cabe a todos nós, além de informar a população dos riscos que corre com a baixa umidade atmosférica, iluminar as mentes a respeito das graves consequências da seca e queimadas provocadas pela ganância humana.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
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