Reconhecer defeitos próprios é saída para crise
- Da Redação com Assessoria
- 11 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Paiva Netto
Quando almejamos o apuramento das coisas, é imprescindível que localizemos o que está errado, a começar no nosso íntimo, porquanto, se não reconhecermos os nossos defeitos, como nos poderemos corrigir? Temos basicamente de deixar de enganar-nos a nós próprios, sob o risco de encenarmos, como protagonistas, este desabafo de
(1621-1695):
Ora, isso se aplica a todos e a tudo para a melhor convivência global.
Tomemos como exemplo a atual crise. O capitalismo é uma sucessão delas. O que está a exigir, agora mais do que nunca, além das medidas técnicas corretivas, uma reforma que tenha como bandeira a dignidade, o respeito à criatura humana. Do contrário, a próxima explosão da bolha será muito pior que a da primeira década do século 21.
Retificar esse costume doentio seria, digamos para argumentar, um categórico primeiro passo para erigir-se, no decurso do terceiro milênio, uma nova comunidade mundial mais responsável, portanto, com menos repentinas crises, incluídas as financeiras e econômicas — embora possível e ciclicamente armadas e previstas, pelo menos por aqueles que vivem a tirar ganancioso proveito do que a multidão nem imaginava acontecer. Junte-se a isso as proclamadas omissões e displicências de certos governos no mundo a fomentar sequelas como a grave questão do desemprego; a falta de uma melhor regularização e fundamentos econômicos sólidos; as estimativas equivocadas da situação econômica; e as inefáveis cobiça e arrogância, que têm sido o túmulo de tanta coisa apreciável que nem ao menos teve tempo de nascer, para orfandade das massas. Como vaticinava o
(1869-1948),
Por isso tudo, prefiro primeiramente confiar em
, que o Mahatma, indiano, mas acima de tudo universalista, tanto respeitava, assim como o fazem os Irmãos islâmicos. O Cordeiro de Deus não trai nem entra em crise. Para nossa segurança, Ele havia-nos confortado, ao revelar:
(Evangelho, segundo
, 6:35 e 51). Ora, tudo neste planeta pode ficar além do controle dos homens, mas nada escapa ao comando de Deus. Todavia, quando os seres humanos verdadeiramente se reúnem com o fito de achar-se uma solução, mesmo que para os mais espinhosos problemas, ela surge. Mas é
, consoante propunha o saudoso fundador da LBV,
(1914-1979), desde que não seja confundida com boa intenção, com a qual está calçado o inferno, como diz o povo.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
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