Moisés e Fiat Lux!
- Da Redação com Assessoria
- 9 de nov. de 2022
- 4 min de leitura
Paiva Netto
Em meu livro
— lançado pela Editora Elevação em dezembro de 2000, no Congresso Viva Jesus!, que ocorreu em Belo Horizonte/MG, Brasil —, expressando nosso reiterado clamor por uma sociedade mais justa e orientada por leis da Fraternidade, ressaltei que
, ao descrever, de forma alegórica, a criação do Céu, da Terra e de tudo o que ela contém, revela, no Gênesis, 1:3 e 4:
Ora, não pode haver luminosidade, ou seja, vida em plenitude espiritual-humana, onde não existir Amor, em seu mais elevado sentido. Toda a criação do Universo deriva da essência do Pai Celeste, definido por
, por intermédio de
, justamente como Amor (Primeira Epístola de João, 4:8). Persistindo em manter a consciência afastada desse sentimento sublime e dessa estratégia cósmica, o ser humano, religioso ou ateu, corre sério risco de pôr-se fora do alcance da sintonia de Deus, o Grande Arquiteto Celeste; portanto, em situação danosa para a sua Alma (ou Consciência), razão maior de tantos males que recaem sobre o mundo. A vivência da Espiritualidade Ecumênica, isto é, do Bem, é motivo de saúde mental e social para o Cidadão Planetário, de acordo com o que afirmei na pregação do Evangelho de Jesus, ainda na década de 1970. Disso podemos inferir que o glorioso
, revelado pelo grande chefe e legislador hebreu, poderia, em seu fulgor, ser interpretado com estas palavras:
— Faça-se do Amor Fraterno (
) a Lei Suprema dos cidadãos e dos povos. Agora, se os homens têm ou não seguido o ensinamento, depende deles... No entanto, é hora de corrigir o rumo, porque o perigo está às portas. A violência campeia. E Religião é para confraternizar. Eis a urgente providência a antepor-se ao darwinismo social, ampliado pela globalização desprovida de sentimento solidário: a sobrevivência, nua e crua, do mais forte. Desvio provocado por uma leitura sociológica equivocada da teoria científica evolucionista, com a qual (leitura equivocada) concordava, para nossa tristeza, o controverso pensador inglês, o pioneiro
(1809-1882), que, aliás, a defendia. Ora, o ser humano não pode ser reduzido a um animal irracional. Agora, mais do que nunca, torna-se imprescindível a vivência do Amor Solidário Divino, porque ele é o único capaz de afastar da Terra as trevas do crime, da miséria e da dor quando compreendido e desempenhado — em todo o seu poder compassivo, justo e, portanto, eficaz —, não somente pela Religião, mas também pela Educação, pela Política, pela Ciência, pela Economia, pela Arte, pelo Esporte, pelos relacionamentos internacionais, pelo trabalhador mais simples e pelo mais projetado homem público. Na verdade, o ser humano, sabendo ou não,
, que só pode advir do exercício da Fraternidade, a grande esquecida — como lamentava Dom
(1815-1888) — da trilogia da Revolução Francesa (
,
,
), tanto que sua posição é a final do lema reformista, quando deveria ocupar a vanguarda deste. Por isso deu no que deu, com tanta gente guilhotinada. (...).
— Não foi sem motivo que
declarou:
. Realmente, caro
, só alcançaremos a Paz, pelas atitudes convincentes de Fraternidade. (...) O mundo precisa, mesmo, de Paz e Fraternidade. Por sinal, uma saudação de
, o Patrono da Legião da Boa Vontade. Não se trata de mera pretensão da nossa parte, como bem compreendeu o ex-ministro Dr.
, ao afirmar:
Na construção de um futuro melhor, inspiremo-nos e ajamos confiantes no Amor Universal, expresso no Mandamento Novo de Jesus — que reuni num tratado —, a Lei de Solidariedade Espiritual, Humana e Social, com o que encerro esta modesta reflexão: Ensinou Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista:
(Evangelho de Jesus, segundo João, 13:34 e 35; 15:7, 8, 10 a 17 e 9.)
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
____________________ * Dr. Marcelo Pimentel (1925-2018).
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