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Escola e aprendizado - motivação para aprender, sempre!

  • Foto do escritor: Da Redação com Assessoria
    Da Redação com Assessoria
  • 15 de out. de 2018
  • 3 min de leitura

Ao mesmo tempo em que constatamos que a facilidade de acesso à informação pode ser um ativo importante 

para

 impulsionar as pessoas em direção ao conhecimento, nos deparamos com notícias como as do Censo Escolar da Educação Básica 2017, que mostram uma preocupante redução no número de alunos matriculados no Ensino Médio, fato que nos leva a algumas reflexões sobre o papel da 

escola

 nesse cenário. O levantamento, divulgado pelo Ministério da Educação, aponta que 1,5 milhão de jovens ficaram fora da sala de aula no ano passado. A imensa - muitas vezes, até incontrolável - oferta de informação online derrubou por completo a barreira que separava o indivíduo da informação 

e

 do conhecimento construído histórica 

e

socialmente. Hoje em dia, qualquer pessoa pode 

aprender

 sobre qualquer assunto de seu interesse. Basta procurar 

para

 encontrar conteúdos impressos, digitais, gratuitos ou pagos. Diante disso, vemos um número muito alto de estudantes que acabam desistindo da 

escola

 nos últimos anos da Educação Básica. O que aconteceu com a curiosidade, a vontade ou a necessidade tão humana de 

aprender

 pelas vias formais?Por que jovens, que deveriam estar cada vez mais entusiasmados diante de tantos incentivos, simplesmente parecem “desistir de 

aprender

 na 

escola

”? Sabemos que fatores sociais 

e

 econômicos podem interferir - 

e

muito - no caminho 

para

 a escolaridade, mas somente isso não basta 

para

 fechar essa questão. Precisamos analisar o problema, lançando um olhar crítico sobre a forma como a educação vem se sustentando ao longo dos anos 

e

 o modelo de 

escola

 que oferecemos aos nossos estudantes. É certo que a educação formal 

e

tradicional, que historicamente coloca o professor como protagonista 

e

 detentor absoluto dos conhecimentos, já não funciona 

para

 as novas gerações, acostumadas a obterem o que querem com apenas um click no mouse ou uma deslizada de dedo pelo celular. Fato é que a internet expandiu os horizontes 

e

 fez surgir, por força das circunstâncias, uma dinâmica diferente entre quem ensina 

e

 quem aprende. Escolas 

e

 educadores que já perceberam essa mudança adaptam-se continuamente revendo seus papéis 

e

atuando 

para

 construir uma 

escola

 mais inclusiva no que tange a metodologias 

e

 recursos de gestão de aprendizagem, sem esquecer de mobilizar a curiosidade 

e

 o apreço pelo 

aprender

 em um ambiente desafiador, sem perder o acolhimento. Uma boa dose de espanto 

e

 incredulidade pode influenciar positivamente a postura do estudante. Pensada sob essa perspectiva, a 

escola

  ajuda a criar o interesse por meio de um processo - às vezes árduo, sabemos - de parceria entre os professores, alunos 

e

 suas famílias. É preciso assumir o compromisso de estar junto - 

e

 não à frente ou acima. Cabe a nós, professores, ajudar a construir pontes que aproximem cada vez mais crianças 

e

 jovens do conhecimento. Como fazer isso? Estimulando os meninos 

e

meninas na busca por respostas a perguntas que não necessariamente tenham relação com o conteúdo de sala de aula. É preciso fazer com que ele se sinta desafiado a alçar voos longos - 

e

 o lugar certo 

para

 essa trajetória ser iniciada é a 

escola

, que deve ser vista pelos alunos como um espaço permanente de acolhimento de pessoas 

e

 ideias.

Aprender

 depende, principalmente, de 

motivação

e

 atitude. O estímulo surge quando algo nos provoca, incentiva 

e

 mobiliza. 

E

 tal mobilização pode ser conquistada quando se conseguir transformar a 

escola

 em um lugar que alimente o sonho 

e

 incentive a criação de um projeto maior, 

para

 a vida. Só assim nossos estudantes conseguirão se concentrar 

e

 enxergar que todo esse processo de construção do conhecimento vale, de fato, a pena.  
*Cleia Farinhas, gerente pedagógica da Editora Positivo.

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