Empresas devem ficar atentas à atualização da lista de doenças ocupacionais
- Da Redação com Assessoria
- 23 de jan. de 2024
- 3 min de leitura
Distúrbios de saúde mental e síndrome de Burnout estão entre as novidades e requerem ainda mais atenção para as empresas
A atualização da lista de doenças relacionadas ao trabalho, pelo Ministério da Saúde, incluiu 165 novas patologias, somando um total de 347 doenças que podem afetar a saúde do trabalhador e devem ser consideradas pelas empresas. Dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) indicam que no ano passado foram registrados 390 mil casos de doenças ocupacionais. O levantamento do Sinan ainda mostra que entre 2007 e 2022, quase 3 milhões de trabalhadores foram atendidos com doenças ocupacionais. A adequação da lista amplia o acesso aos benefícios previdenciários para as pessoas diagnosticadas com as doenças ocupacionais e as novas doenças catalogadas estão a Síndrome de Burnout, a covid-19, distúrbios de saúde mental e abuso de drogas, poderão aumentar esses índices, por isso é preciso adotar medidas de prevenção. O tema coloca as empresas e seus colaboradores em estado de atenção aos limites de jornada e de proteção das regras as quais todos devem estar submetidos, para preservar a saúde dentro do ambiente de trabalho, principalmente, conhecendo os fatores de risco e fazendo o melhor acompanhamento possível. A Advogada Corporativa, Natália Guazelli, do escritório Guazelli Advocacia, explica que determinadas ações da empresa podem gerar resultados mais saudáveis para os colaboradores e mesmo em termos de economia positiva para o negócio. “
, resume a advogada. Além disso ela reforça que o Janeiro Branco é voltado à conscientização da saúde mental e emocional. “
reforça Natália Guazelli. Mas mesmo em empresas que organizam esse controle é possível registrar casos. Portanto, é importante saber que se houver o registro de uma doença ocupacional, o colaborador deve ser afastado das atividades para receber o devido tratamento de saúde. A empresa deve custear o período de até 15 dias, a partir do diagnóstico da doença, e caso se prolongue e ultrapasse esse período, o encargo fica ao INSS, que avalia e concede o auxílio-doença pertinente ao caso. Para que isso aconteça o empregador terá que registrar a ‘comunicação de acidente de trabalho-CAT’. Natália Guazelli recomenda ainda que a empresa faça um acompanhamento do tratamento e entenda quais as possibilidades de contribuir para o restabelecimento do trabalhador. “
”, avalia Natália.
De acordo com os dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) dos acidentes de trabalho graves que foram notificados em 2023, 26% foram relacionadas à exposição à materiais biológicos, 12,2% acidentes com animais peçonhentos e 3,7% lesões através de esforços repetitivos.
Dados do Sinan indicam que no ano passado foram registrados 390 mil casos de doenças ocupacionais. O levantamento ainda mostra que entre 2007 e 2022, quase 3 milhões de trabalhadores foram atendidos com doenças ocupacionais.
Natália Guazelli é sócia proprietária do escritório Guazelli Advocacia. A jurista tem ampla experiência na área empresarial e corporativa buscando soluções e entendimento das previsões legislativas para que as empresas atuem de forma preventiva visando se antecipar a eventuais necessidades. A advogada tem 14 anos de atuação em soluções estratégicas com consultoria especializada. Além disso, integra a Comissão de Direito Sistêmico da OAB/PR, buscando novas alternativas aos modelos de gestão tradicionais.



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