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Carnaval de negligência e omissão

  • Foto do escritor: Da Redação com Assessoria
    Da Redação com Assessoria
  • 23 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

*João Tancredo *Maria Isabel Tancredo   O carnaval é momento de folia e alegria, de ocupar as ruas, encher as praças de cultura e de cor. Tempo de desfilar pela cidade criativas fantasias que, muitas vezes, passam importantes recados aos foliões. É hora de preencher os espaços do país de gente. No Rio de Janeiro não é diferente, mas para que a festa corra bem é preciso muito investimento, organização e comprometimento do poder público. Um dos lugares mais famosos do mundo, a cidade maravilhosa, se viu lotada e, ao mesmo tempo, profundamente carente de logística para tanto. O resultado não surpreendeu: insegurança, falta de banheiros e orientação, trânsito caótico e por aí vai. Embora sobrem pontos negativos resultantes da falta de preparo para uma das maiores festas do planeta, faltou a presença do Governador e do Prefeito. O primeiro optou por descansar no interior do estado, desprezando a óbvia necessidade de máximo empenho e trabalho durante o período. Não menos indispensável é um cuidadoso preparo anterior que, como ele mesmo admitiu, também faltou à festa. Crivella, por sua vez, anunciou que aproveitou a “folguinha” para viajar para a Alemanha, ignorando tratar-se de uma das semanas mais importantes para a cidade. Indicada pelo político como destino de sua viagem para buscar tecnologias para segurança pública, a Agência Especial Europeia (ESA) tem, na verdade, como principal meta “entender o surgimento do espaço e os buracos negros” e não fornece tecnologia de segurança. E mais, os representantes da agência informaram à imprensa o constrangimento causado na instituição ao descobrirem que a visita foi anunciada como “oficial”, uma vez que a viagem do Prefeito à Europa tem “caráter puramente privado”. O cunho particular da viagem foi também confirmado por representantes do governo alemão. Para fechar o Carnaval e agravar o sumiço de nossos representantes, o Rio de Janeiro foi atingido por intensa chuva, deixando quatro mortos e mais de duas mil pessoas desalojadas. Foram cinco horas em estágio de crise, afetando cinco hospitais e diversas vias, bem como fechando duas estações de trem. Sem falar da falta de luz que perdurou por mais de 24 horas em diversos pontos da cidade. Enquanto isso segue o Prefeito na Europa. Talvez seja a hora de aprender por lá que governar é escolha responsável que envolve, entre muitas outras coisas, um antes, um durante e um depois.   *Advogado *Acadêmica em Direito

 
 
 

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