A suprema vocação de servir
- Da Redação com Assessoria
- 3 de jun. de 2022
- 4 min de leitura
Paiva Netto
De minha obra
—
, segundo a imprensa especializada o livro mais vendido da 16
Bienal Internacional do Livro de São Paulo, ocorrida de 28 de abril a 7 de maio de 2000, fui buscar: A muita gente pode parecer que o planeta irremediavelmente caminha para um beco sem saída. Corrobora com isso a massificação de notícias nem sempre agradáveis que a todo instante nos bombardeiam. É a realidade, mas se assimilarmos a suprema vocação de servir, termo que nos concede o
de criaturas úteis à comunidade, perceberemos novos e mais acertados horizontes. O aprendizado ganho nos apontará reais benefícios à medida que nos integrarmos no sagrado ato de estender a mão aos que precisam (
—
, 10:8). Esse é o sentimento que move muitos que, sacudindo de si o pessimismo, seguem em frente, acreditando e agindo por uma sociedade melhor. Gerações que nos precederam de certa forma assim atuaram, senão onde estaríamos hoje?
O mundo debate-se contra um impasse, sintetizado no agora inegável aquecimento global. A
informa, citando como fonte
, da
, que um grande conglomerado do ramo petrolífero financiou negação do efeito estufa e destaca:
De que nos fala o Apocalipse a respeito do assunto? O que, há quase dois milênios, igualmente anuncia, analisado sem tabus e preconceitos? As nocivas mudanças climáticas no orbe que, sem distinção, nos acolhe? No relato dos sete flagelos, capítulo 16 do texto profético, isso fica bem sinalizado. As consequências do progresso, quando irresponsável, estão aí aos olhos de todos, não mais podendo ser escondidas. Aos governos cabe governar para as populações, antes que se tornem incontroláveis, impelidas, por exemplo, pela falta d’água, da qual se fala ser um dos próximos motivos das guerras.
Ainda de
, no capítulo “Muro de Berlim e Mundo Espiritual III", extraí este trecho: A fim de haver autoridade suficiente capaz de prover educação, sustento e trabalho às massas e indicar-lhes renovadores rumos, o religioso vigilante terá de possuir um quê de estadista, bem como o estadista de escol não poderá prescindir de Espiritualidade Ecumênica, isto é, aquela verdadeiramente livre de todo sectarismo fanático. Sacerdócio — seja ele religioso, ideológico, político, filosófico, artístico, científico e assim por diante — é expandir a Fraternidade e a Solidariedade. Exaltar a dignidade humana. Para esse sentimento franco, prevalece uma grande nobreza:
, que, no dizer do filósofo e sociólogo italiano
(1886-1972), em
, é a qualidade superior do poder:
Tudo o mais é passageiro, como pensavam, no século 14,
(1340-1384) e
(1379-1471); este, um humilde sacerdote a quem, durante muito tempo, foi atribuída a autoria exclusiva de uma das mais importantes obras da história religiosa e social do mundo:
. Em suas páginas, encontra-se esta admoestação, que atravessou as épocas:
Oh! quão rapidamente passa a glória deste mundo! O velho
(1823-1892) estava certo: O que faz uma pátria é a Solidariedade. E, por extensão, a Terra, a qual devemos livrar da ruína de um progredir desmiolado, gerido pelas patranhas daqueles cuja maior habilidade é mentir para as multidões, mesmo que as enfermando ou matando. Contudo,
.
Em minha obra literária
*, antecipei, em forma de extratos, algumas lucubrações constantes de
. O item 41, que acresci às novas edições do lançamento da 21
Bienal Internacional do Livro de São Paulo, vem bem ao encontro do que abordo neste estudo:
Amor, Harmonia, Solidariedade, espírito de Justiça aliado à Bondade, jamais à vingança; Liberdade com respeito aos demais entes humanos; Verdade sem fanatismo social, político, filosófico, religioso ou científico; auxílio aos que sofrem, no corpo ou na Alma; Política e Economia, acompanhadas pelas virtudes da Correção e da Generosidade; Instrução, Educação, Reeducação, consoante a Fraternidade Ecumênica; portanto, tudo aquilo que na Paz ou na guerra torna forte a criatura, na Terra e no Mundo Invisível — que não é uma abstração —, forma
, ou seja, o ar moral que, como seres realmente civilizados, devemos respirar. Faz-se mister recordar o que fraternalmente nos ordenou Jesus:
(Evangelho, segundo Mateus, 10:7 e 8; Epístola de
, 1:27; e Boa Nova, conforme
, 14:6 e 8:32).
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
______________________________________.
— Conforme noticiou a
, ele foi o autor nacional mais vendido de seu estande na 21
Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada em agosto de 2010. Leia mais acerca de sua biografia em www.paivanetto.com/biografia
Comments