A Força do Altruísmo
- Da Redação com Assessoria
- 2 de ago. de 2021
- 3 min de leitura
Paiva Netto
Peço licença para compartilhar com os distintos leitores algumas linhas inspiradas no esforço de Boa Vontade. De meu ensaio literário
, consoante nossa crença no valor do altruísmo, ressalto que não é por acreditarmos nele, inclusive na área dos negócios, que devamos ser considerados tolos. Temos consciência plena dos estorvos, até mesmo nos campos econômico e social, a exemplo da tragédia da corrupção, que qualquer comunidade ou país precisa corajosamente enfrentar e vencer. Ao propormos, há décadas, a Economia da Solidariedade Espiritual e Humana como Estratégia de Sobrevivência, tomamos parte na rigorosa torcida dos que desejam ver corrigidos os muitos senões que prejudicam a sociedade. Um dos mais expressivos filósofos espanhóis,
(1883-1955) vem ao encontro desse antigo preceito ao afirmar:
. Quando mais o ameaça a violência, o desenvolvimento de um povo não pode prescindir do espírito filantrópico, portanto, humanitário, aliado ao de íntegra justiça e competente gestão. Os persas, que seguiam a doutrina de
(c. 660-583 a.C.), ensinavam:
.
(1904-1997), que iniciou no século 20 uma série de profundas reformas na China, destacou uma lição do que não se deve fazer para alcançar a concórdia:
. Por tudo isso, o que justamente sugerimos, alicerçados em
, é a Economia da Solidariedade Espiritual e Humana, que vai além do que inspirou a economia solidária estudada pelo ilustre sociólogo
(1858-1917). Basta lembrar que o Divino Mestre, como o chamava
(1182-1226), advertiu:
(Evangelho, segundo
, 7:12)”. A Economia que preconizamos é holística, porquanto nos convida a vislumbrar a nossa verdadeira origem, a espiritual. Somente assim haverá a humanização e a espiritualização do Estado, a começar pela própria criatura, ou seja, sob o banho lustral da Caridade Ecumênica, que não faz acepção de pessoas, pois considera que — acima de etnia, crença, descrença, visão política, orientação sexual, idade — estamos diante de seres espirituais e terrenos, que suplicam socorro e compreensão. Bem a propósito, declarou o heroico
(1918-2013):
. As louváveis iniciativas do Terceiro Setor, quando adequadamente empregadas, são parte indispensável do bom desenvolvimento das comunidades. Assim exercemos, por exemplo, uma excelente prática social e da Cidadania, que deve ser mais bem compreendida por todos. Daí, ao falarmos em Amor Fraterno e Universal, absolutamente não nos queremos situar no reino nefelibático. Temos, contudo, certeza de que o sentimento bom, de generosidade, é fator primordial para uma civilização em que o Espírito Eterno do ser humano seja o fulcro. Sobre essa inteligência espiritual, firma-se a revolução que ainda urge ser concluída, aquela que se realiza na Alma das criaturas e por intermédio delas se perpetua. E aí entra a educação eficiente; mais que isso, a reeducação eficaz. E tal é imprescindível, na consolidação da cidadania plena, para o perfeito exercício da autoridade. Lição do saudoso sociólogo
(1935-1997), o Betinho, que devemos recordar:
. Bem merecido e exato foi o prêmio cultural que recebeu no fim de 1996, do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, em Brasília/DF: a Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, na categoria “Solidariedade”. Como escrevi no artigo “Um cidadão chamado Solidariedade”: A luta contra a fome, da qual Betinho se tornou poderoso aríete, naturalmente reclama constantes investidas. Portanto, coloquemos sempre um pouco de misericórdia, somada ao justo bom senso, no nosso olhar, nas atitudes para com o próximo, conhecido ou não; na interação com o vizinho, seja ele indivíduo ou país. A tão sonhada Paz pode vir também desse entendimento. É indispensável, porém, jamais nos esquecermos desta eloquente reflexão de
(551-479 a.C.):
.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
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